Tudo agora é mais doloroso, eu vejo, mas começo a não sentir mais.
Me acostumo com a dor? Não sei, parece confortante ter no que pensar, a não ser em tudo isso, que sejam as coisas mais tolas, frias e calculistas, ainda sim me sinto emergida em algo que me rodeie, como de um jeito que era antes. É recíproco, eu me dedico as contas, palavras e letras, e elas me distraem. O quão maquinário é isso? Penso ser, e muito, mas o que importa? eu já não me importo mais, nem sei com o que mais me importo. Eu gostava de olhar para o lado e ter motivo para sorrir, mas há algum tempo, que nem mesmo olho para o lado. Já não sei até onde vai a esperança, sei que já não consigo mais alimentá-la, ela se alimenta de mim, como um parasita, que aos poucos me enfraquece a razão, se alimenta da minha doçura e da felicidade, agora é tudo cálculos, frieza e fim.
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