domingo, 21 de março de 2010

Um assassinato

Vivenciou seu próprio assassinato, morria ali toda sua devoção e amor por aqueles.
Quem matou? Clamou em voz alta "veja alguém me matou", rindo ironicamente da situação patética em que se encontrava. Os acusados ficaram calados, olhando para si próprios olhando para o nada, e por telepatia falavam "por que ela tem que ser incoveniente assim ? melhor era calar-se, sofrer sem nos causar nenhum dano moral nem tamanha situação constrangedora". Ela ria por dentro num ato de desespero, não sabia o que pensava, sabia quem fora, mas mesmo aqueles que não mataram, estavam de testemunha, não impediram, não se importaram, também mataram-na.

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